O Abraço
O abraço é a expressão mais viva da abertura do coração.
O abraço, em verdade, é a extensão dos sentimentos que se alojam no coração e se propagam pelos braços e pelas mãos até alcançarem o corpo do outro, aquele que também nos abraça.
Como eu e outro somos um só, o abraço é apenas a concretização física da nossa união espiritual, que não é condicionada pelas nossas relações pessoais e sociais (família, amigos, relacionamentos, colegas de trabalho, conhecidos, desconhecidos…), mas pela a nossa condição de seres humanos, terráqueos e filhos de um mesmo pai e mãe (pois Deus é o nosso pai maternal e a nossa mãe paternal).
Mas se você estiver contaminado pela “fantasia da separatividade” e acredita que está separado do outro, daquele que é pouco conhecido ou desconhecido, somente estando próximo daqueles que têm amizade/intimidade, você não saberá sobre a doação energética do verdadeiro ABRAÇO.
E, imerso na fantasia da separatividade, seu corpo estará folgado na hora do abraço, sua bacia fará um leve movimento para trás, afastando-se do ventre do outro, da região mais quente e vigorosa, a própria fonte da vitalidade e da propagação da espécie humana. Para se afastar ainda mais, sua mão dará “batidinhas” amistosas nas costas do outro para preveni-lo que o abraço é transitório e nunca eterno.
Mas se você acredita que o outro já é você desde sempre, seu abraço será compacto, faces, ombros, braços, mãos, peitos, abdomes, ventres e pernas se abandonarão na plenitude e na bem-aventurança da ETERNIDADE.
Hoje, aqui e agora, escolha alguém para dar um abraço e observe se seu abraço é verdadeiro ou falso.