Os Oito Passos do Yoga

Como já sabemos, o Yoga é muito antigo, tem mais de 5.000 anos. E naquela época toda a sabedoria e experiência dos Mestres, ou Gurus, era passada de boca, na relação direta com os alunos, ou Discípulos. Não tinha muita coisa escrita.

Patanjali foi um dos primeiros sábios da Índia que escreveu, organizou, copilou parte da sabedoria e da tecnologia do Yoga, através do YOGA-SUTRA.  Patanjali foi um pioneiro na escrita do Yoga e o conjunto de sua obra ficou conhecido como o YOGA CLÁSSICO. Isto aconteceu há mais ou menos 2.000 anos.

Segundo Patanjali: YOGA É A CONTENÇÃO DOS TURBILHÕES DA CONSCIÊNCIA.

E para se alcançar este objetivo, ele orienta o praticante, o buscador da verdade, a seguir os oito passos do CAMINHO DO YOGA, ou os oito membros (anga) de um sistema muito completo:

1) YAMA (disciplina);

2) NYAMA (autocontrole);

3) ASANA (postura);

4) PRANAYAMA (controle da respiração, do Prana);

5) PRATHYAHARA (recolhimento dos sentidos);

6) DHARANA (concentração);

7) DHYANA (meditação) e

8) SAMADHI (êxtase). 

O fundamento do Yoga, como de toda espiritualidade autentica, é uma ÉTICA universal. Então o primeiro passo é a disciplina moral, YAMA. Essa prática compreende cinco grandes obrigações morais que podem ser consideradas patrimônio de todas as grandes religiões.

Os YAMAS são cinco: 1) AHIMSA (não-violência), 2) SATYA (veracidade), 3) ASTEYA (não roubar), 4) BRAHMACARYA (castidade) e 5) APARIGRAHA (não cobiçar).

Vamos ver cada YAMA, as disciplinas, separadamente:

  • NÃO VIOLÊNCIA: este primeiro preceito ético do Yoga é talvez o mais importante. AHIMSA significa não causar dano, ou ter compaixão. Tenha compaixão e compreensão consigo mesmo, com os próximos, com todos os seres humanos e seres vivos. Os grandes sábios e mestres de todas as filosofias e religiões pregam e praticam a não violência: Buda, Cristo, Gandhi. E nós também devemos praticar no nosso cotidiano o princípio da não violência. É por causa de AHIMSA que muitas pessoas são vegetarianas, ou seja, não comem nenhum tipo de carne.
  • VERACIDADE: compromisso com a verdade, SATYA, e a autenticidade. Sair da hipocrisia, da falsidade, da mentira. Mas devemos falar a verdade com delicadeza, de forma a não ferir nem magoar o próximo.
  • NÃO ROUBAR: devemos evitar todos os tipos de comportamento que levem a degradação humana. Roubar, ou apropriar-se indevidamente de bens alheios, é um ato egoísta e covarde. Roubamos para suprir uma carência, mas por esse caminho incorreto nunca chegamos a nos sentir preenchidos. Endividar-se também é uma forma de roubar. E roubar não está relacionado apenas com objetos materiais. Por meio de nossos atos e nossas palavras podemos roubar a dignidade, a honra, as idéias, a tranquilidade, o tempo. Para a prática de ASTEYA é importante também a paciência e o desapego.
  • CASTIDADE: na verdade é mais correto falar em BRAHMACARYA como a correta utilização da sexualidade. Sair da ilusão do prazer sensorial, sair da banalização da sexualidade. Levar uma vida sem promiscuidade, dedicando-se ao caminho do Yoga, a SADHANA, com paz, equilíbrio e harmonia. A sociedade conseguiu transformar o instinto básico de sobrevivência e preservação da espécie em competição, em vulgaridade. Dedique-se a transformar sua sexualidade em algo saudável, prazeroso, divino. Encontre alguém para dividir essa satisfação, vivendo sua sexualidade sem culpas, nem medos e de forma a não se ferir e não ferir o outro.
  • NÃO COBIÇAR: ou DESAPEGO, ou RENÚNCIA. É fundamental que o respeito à vida, ao outro, a si mesmo venha antes da ilusão da posição social, da posse dos bens materiais, do poder, da fama, do prazer exagerado. APARIGRAHA também significa viver uma vida de simplicidade, não ser muito luxuoso, nem extravagante. Administrar os desejos de posse, ter o necessário para viver, sem ambição.

Os YAMAS representam as orientações de conduta social e interação com os demais. O termo YAMA significa frear, conter, governar, autodomínio.

Já os NIYAMAS estão relacionados com as orientações da conduta pessoal, da relação  consigo mesmo e da atitude interior. O termo NIYAMA significa segurar, prevenir, controlar.

A função dos YAMAS e NIYAMAS é facilitar o caminho do Yoga, cujo objetivo é a libertação, mantendo uma atitude mental de pureza e liberdade.

O segundo membro do YOGA CLÁSSICO de Patanjali, os NIYAMAS, também são cinco: 1) SHAUCA (pureza), 2) SAMTOCHA (contentamento), 3) TAPAS (ascese, austeridade), 4) SVADHYAYA (estudo) e 5) ISVARA-PRANIDHANA (devoção ao Senhor).

Então vamos ver cada NIYAMA, o autocontrole, separadamente:

  • PUREZA: ou purificação, integridade, honestidade, pureza da mente. É uma pureza em muitas faces: limpeza do corpo, das roupas, dos objetos, do ambiente. Pureza na escolha dos alimentos. Valorizar a saúde física, emocional e psíquica. Devemos incentivar apenas pensamentos puros, emoções superiores. Devemos dar espaço em nossa vida apenas para situações positivas. Precisamos praticar SAUCHA diariamente através do contato com a natureza, com nossa higiene pessoal, com uma alimentação saudável, ouvindo Mantras, sorrindo na companhia de bons amigos, meditando, arrumando sua casa, fazendo silêncio.
  • CONTENTAMENTO: ter satisfação, alegria, leveza de mente e espírito são qualidades que todos apreciamos. SANTOCHA é alegria de viver. Buscar em cada situação o que ela tem de melhor. Precisamos desenvolver a aceitação, a identificação, a compaixão. Podemos transformar nossas vibrações e pensamentos para não apenas ver o melhor da situação externa, mas principalmente manter uma reação interna sempre equilibrada, independente dos estímulos que recebemos.
  • AUSTERIDADE: ou auto superação, disciplina pessoal. É o esforço de nos superarmos, física e sutilmente. TAPAS está presente em todas as técnicas do Yoga e em todos os momentos valiosos de nossa vida. Não há motivação se não há evolução. É a própria capacidade de se elevar acima de seus próprios padrões e limitações que fazem com que o ser humano continue progredindo.
  • ESTUDO: ou autoestudo. Qualquer estudo que possa trazer o conhecimento da verdade. Ler, recitar Mantras, estudar a filosofia e as obras com a Sabedoria dos Mestres são formas de praticar SVADHYAYA. É importante cultivar a mente. Ela é uma de nossas principais fontes de distúrbio.
  • DEVOÇÃO AO SENHOR: ou AUTOENTREGA. O reconhecimento de que existe algo maior do que nós. A fé na divindade que existe em cada um de nós. Em muitos momentos precisamos parar e tentar entregar, parar de agir em função de algo específico, saber o momento de aceitar a situação, essa é a ocasião de se refugiar na fé, em ISHVARA. É uma entrega. Uma conexão com a Consciência Superior.

Então, vejam que todos esses 10 atributos do Yoga, que são parecidos com os 10 mandamentos, são pré-requisitos para se chegar aos últimos passos do Caminho que estão relacionados com a MEDITAÇÃO. Já vimos aqui que a MEDITAÇÃO é a técnica, a prática mais importante do Yoga.

Aí alguém pode perguntar: porque a ÉTICA, a CONDUTA MORAL tem a ver com a MEDITAÇÃO. Claro que tem. Yoga é aquietar a mente. Como podemos aquietar a mente, meditar, se conectar com o divino se tivermos uma vida desregrada, desarmônica. Como podemos relaxar e meditar se no nosso dia a dia praticarmos atos violentos, se não falamos a verdade, se roubamos, se traímos, se levamos uma vida de promiscuidade, uma vida exageradamente materialista. Como ter PAZ para fazer o caminho do Yoga, tendo muitas dívidas, inimigos, amantes, vícios. Precisamos de coração e mente puros. E para isso precisamos levar uma vida pura.

O terceiro passo do ASTANGA YOGA, ou YOGA CLÁSSICO de Patanjali é ASANA.

ASANA em sânscrito significa posição, postura. Para quem pensava que Yoga é apenas uma espécie de ginástica, os ASANAS são as posturas físicas que fazemos com o corpo. Mas a prática de ASANA é uma técnica também muito sutil e poderosa, diferente de qualquer tipo de exercício físico ocidental.

É como nos falava o Professor Hermógenes: Yoga não é ginástica, mas se fosse, seria a melhor ginástica. No Yoga ao movermos o corpo, movemos a ENERGIA, a CONSCIÊNCIA.

Para chegar ao estado meditativo precisamos conquistar a estabilidade corporal. Se o praticante não tem conforto em estar sentado, numa posição firme e agradável, não poderá sequer começar a sua prática de Concentração, quanto mais passar para a Meditação.

O ASANA tem a vantagem também de produzir resultados de melhoria de saúde e vitalidade. O ASANA, ou postura, atua além do físico, com impacto na esfera emocional, mental e na circulação de energia vital, o PRANA, pelo organismo, revitalizando todo o corpo físico e sutil, preparando o praticante para a Meditação.

Qualquer coisa que ocorre conosco no nosso cotidiano, quer na esfera física, ou na emocional, ou na mental, ou ainda mais sutil, tem um impacto direto sobre o nosso corpo. Tudo que acontece na nossa vida se reflete no nosso corpo, principalmente na nossa musculatura. Então precisamos nos trabalhar no corpo, alongar, expandir, mover o corpo conscientemente, respirar profundamente para reverter essas situações de tensão, de estresse.

Ao praticarmos ASANAS, as posturas físicas do Yoga, geramos um efeito reflexo com impacto fisiológico, emocional e mental, estimulando os órgãos internos, alongando e relaxando a musculatura, ampliando a respiração.

Para o Professor Hermógenes a finalidade principal de um ASANA é sempre de natureza mental. Mas as conseqüências benéficas para o corpo são muito importantes. No psíquico como no físico, os ASANAS melhoram os que os praticam. Doença, embotamento, dúvida, negligência, avoamento, indolência, ilusão e instabilidade emocionais, geradores da inquietação mental, não resistem à poderosa atuação dos vários ASANAS, quando praticados com habilidade e assiduidade.

Nós já vimos no programa RADIO YOGA que os Sábios, os Mestres do Yoga, estudavam o mundo e a vida pela observação dos astros: o sol, a lua, as estrelas. Eles observavam também as plantas, os animais e os movimentos internos do corpo humano.

Vejam que Hatha Yoga é exatamente a junção do SOL com a LUA. E nós temos vários ASANAS, ou posturas físicas no Yoga que são movimentos copiando os movimentos dos animais. Vou citar algumas dessas posturas: postura do gato, do cachorro, do leão, do escorpião, do crocodilo, da rã, postura do pombo, do corvo, do pavão, da cobra, do gafanhoto, do peixe, a postura do camelo, da cara da vaca. E temos também, postura da árvore, da montanha e a saudação ao sol.

Não é possível nem recomendável ensinar ASANA pelo rádio ou pelos sites, mas observem, por exemplo, um cachorro se espreguiçando: ele coloca as patas da frente bem fixas no chão e alonga todo o corpo para trás, esticando a coluna. É muito bonito.

Tem um ASANA também que é muito interessante que é o SAVASANA, ou postura do Cadáver, que é a postura que fazemos para o relaxamento: ficamos deitados no chão, com a barriga para cima, os pés um pouco afastados, os braços também um pouco afastados do corpo, os olhos fechados, o rosto sereno, a respiração profunda, suave. É muito interessante, experimentem.

Um ASANA para ser bem executado precisa de algumas características: tempo de permanência e imobilidade; lentidão e consciência na execução; suavidade, ausência de esforço; respiração; relaxamento e alongamento muscular; e concentração.

Lembrando que tudo isso é para relaxar o corpo, expandir a respiração e aquietar a mente rumo a MEDITAÇÃO.

O quarto passo, ou quarto membro, do CAMINHO DO YOGA CLÁSSICO é o PRANAYAMA. PRANAYAMA significa o controle, o domínio da respiração ou do PRANA, a energia vital. Ou seja, a capacidade de plena utilização consciente da energia vital, ou mais ainda, de todas as manifestações de energia da Natureza, a PRAKRITI.

O PRANAYAMA também conduz a estados meditativos. Quando estabilizamos o corpo, através dos ASANAS e estabilizamos a respiração pelos PRANAYAMAS, estabilizamos a MENTE. Então, vejam que normalmente os PRANAYAMAS estão associados aos ASANAS. Já vimos isso aqui: para fazermos as posturas do Yoga precisamos nos concentrar e respirar adequadamente. Não existe ASANA sem RESPIRAÇÃO.

Mas também podemos fazer PRANAYAMAS, ou exercícios respiratórios, isoladamente. PRANAYAMA é uma técnica muito poderosa do Yoga que pode trazer profundas transformações em nosso ser, ativando a energia da KUNDALINI.

Então, não podemos e nem devemos também ensinar PRANAYAMA pelo rádio ou pelos sites. Mas podemos falar da RESPIRAÇÃO CONSCIENTE e da RESPIRAÇÃO NATURAL. Falamos no programa que precisamos reaprender a respirar. Falamos da importância da respiração natural, espontânea e diafragmática dos bebês. Se quiser reaprender a respirar, observe um bebê dormindo e respirando. Vejam a suavidade, a tranquilidade, mas ao mesmo tempo, a profundidade, a intensidade da respiração. A barriga sobe, desce. Este tipo de respiração, é a que nós praticamos no Yoga, com o detalhe que sempre devemos respirar pelo nariz.

Falamos também na entrevista com a Psicóloga e Psicoterapeuta Ana Lúcia Maranhão, que outra dica importante de respiração para o nosso dia a dia é o seguinte: se estivermos muito tensos, muitos cansados, devemos soltar todo a ar pela boca; mas soltar todo a ar mesmo, de boca aberta, se puder faça até algum ruído como um animal. É muito relaxante.

O quinto passo do ASTANGA YOGA é PRATYAHARA. PRATYAHARA significa abstração ou desprendimento dos sentidos, ou controle das influencias externas. Isto ocorre quando conseguimos ir para dentro, nos interiorizar. O relaxamento profundo e o sono regular podem ser considerados estados de PRATYAHARA. A abstração dos sentidos, ou interiorização, é uma etapa prévia e necessária para a prática da Meditação, para permitir uma Concentração efetiva.

Claro que já sabemos que os sentidos são cinco: audição, paladar, olfato, tato e visão. Então para meditar, nos concentrar profundamente, precisamos por algum tempo nos desligar dos sons, dos sabores, dos cheiros, do toque ou qualquer sensação na pele, e de qualquer imagem visual. Precisamos desligar a tomada dos sentidos. É fácil? A princípio não. Mas no Yoga temos várias técnicas que nos ajudam nesse processo.

E o RELAXAMENTO, que é umas das técnicas mais importantes do Yoga nos ajuda muito a perceber que podemos cada vez mais IR PARA DENTRO.

A partir do momento que entramos em PRATYAHARA produzimos um isolamento sensorial voluntário, o universo deixa de se apresentar da forma que estávamos acostumados para tomar uma nova e fascinante dimensão que vai muito além dos cinco sentidos.

E assim passo a passo atingimos o ponto ideal para partirmos para a MEDITAÇÃO, a principal técnica do Yoga. A técnica de Concentração no Yoga recebe o nome de DHARANA. A prática regular e eficaz de DHARANA conduz a um novo estágio denominado DHYANA ou Meditação. E finalmente a prática de DHYANA conduz ao estágio meditativo final, chamado no Yoga de SAMADHI, o Êxtase.

Esses são os últimos passos do Caminho do Yoga. O sexto, sétimo e oitavo passos do ASTANGA YOGA são referenciados por Patanjali como SAMYAMA. Ou seja, SAMYAMA é a prática combinada, ou em sequência, de DHARANA (concentração), DHYANA (meditação) e SAMADHI (estado unitivo da mente com o ser universal, êxtase).

O sexto passo (membro ou anga) é DHARANA que é o estado de Concentração em um único objeto ou em um só lugar.

O sétimo é DHYANA ou estado de Meditação.

E o oitavo é SAMADHI que é o estado de união com o objeto da meditação, no qual as ilusões da matéria se desfazem completamente e o ser absoluto brilha como realidade.

Como as três técnicas envolvem a mesma prática, em estágios distintos, o termo MEDITAÇÃO é usado para designar também, de forma geral, o treinamento para obter esses estados superiores.

Mas o que é realmente a Meditação?

Meditação é o fluxo regular do pensamento, focado, concentrado num único objeto. Durante a Meditação, todos os pensamentos mundanos são afastados da mente. A Concentração se aprofunda, fica cada vez mais firme. Há uma diminuição do ritmo e da quantidade dos pensamentos. Há um esvaziamento suave e progressivo da mente.

Meditação é um mergulho na PAZ. Um mergulho em SI MESMO.

MEDITAR É SILENCIAR A MENTE PARA ESCUTAR A ALMA.

A Meditação é uma experiência de interiorização tal, que nos leva a experimentar níveis cada vez mais profundos e sutis da Mente e da Consciência. Percebemos aquele nível de SILÊNCIO PROFUNDO em plena consciência. Em Meditação, desfruta-se de descanso profundo, muitas vezes superior ao descanso proporcionado pelo sono.

Como vimos o primeiro estágio da Meditação, ou DHYANA é a Concentração, ou DHARANA, em sânscrito. E o estágio mais avançado, mais elevado da Meditação é conhecido por SAMADHI, ou absorção, êxtase

E para praticarmos as técnicas de Concentração e Meditação precisamos de um lugar calmo, tranquilo, silencioso. Devemos ficar sentados com as pernas cruzadas, a coluna ereta, a respiração suave, profunda.

Podemos dizer também que Meditação é aceitar o momento e viver todos os momentos de forma plena e profunda. Este entendimento e alguns dias de prática podem mudar a qualidade de sua vida.

MEDITAR É FOCAR A CONSCIÊNCIA NO MOMENTO PRESENTE. MEDITAR É ESTAR COM A MENTE ALERTA.

Por meio da Meditação pode-se atingir o mais elevado objetivo do Yoga que é a LIBERTAÇÃO.

São muitos os benefícios para quem pratica Meditação regularmente. A prática diária reduz o estresse e as doenças relacionadas com ele, como a insônia; equilibra a pressão sanguínea; proporciona bem-estar, tranquilidade e confiança; produz uma energia relaxante; aumenta a clareza mental, a memória e a percepção; traz uma sensação genuína de paz interior. Com a Meditação conquistamos o estado de Ananda (bem aventurança, felicidade divina).

Por tudo isso é que consideramos a Meditação como a técnica mais importante do Yoga. Outros benefícios da Meditação: proporciona repouso profundo; reduz fatores cardiovasculares de risco; melhora desordens relacionadas ao estresse, tais como insônia, enxaqueca, depressão, ansiedade, fadiga, asma; expande a consciência e a paz interior, melhora a ordenação e sincronização cerebral; aumenta a felicidade interior, que está relacionada com mudanças na bioquímica interna.

A Meditação aumenta a clareza mental, a memória e a percepção. Reduz a distração e a dispersão. Desenvolve a capacidade de organização espontânea e de focalização e concentração. Aprimora as faculdades mentais, facilitando análises e decisões. Reaviva a inteligência criativa e recupera o vigor físico.

Segundo pesquisas médicas, meditar diminui os sentimentos de isolamento, ajudando, portanto, a combater a SOLIDÃO. A Solidão é responsável por ajudar a causar várias doenças, principalmente doenças do coração e o Alzheimer. A Meditação ajuda também a diminuir as inflamações e a aumentar a imunidade do corpo.

Todas as técnicas do Yoga, os ASANAS, os PRANAYAMAS, PRATYAHARA, os MANTRAS, DHARANA e DHYANA, visam relaxar o corpo, expandir a respiração, para aquietar a MENTE e ampliar a CONSCÊNCIA.

Todas essas técnicas portanto, são muito importantes, mas a Meditação é a mais poderosa que temos no Yoga, pois ela cuida diretamente da MENTE. A mente pode nos enganar e nos trair. Temos que cuidar dela. E um dos principais objetivos do Yoga é exatamente aquietar a mente. Esvaziar a mente, eliminando o excesso de pensamentos desnecessários e negativos.

A Mestra Amma, outra figura importante da Índia, nos diz:

MANTENHA UMA ESTREITA VIGILANCIA SOBRE A MENTE. ELA É MENTIROSA, INTELIGENTE E O IMPEDE DE ESTAR CONSCIENTE DE SUA VERDADEIRA NATUREZA, O SER.

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